É possível viver de renda com Fundos Imobiliários?
Fundos imobiliários (FII) são fundos de investimentos destinados a aplicação em empreendimentos imobiliários, o que inclui as letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), cotas de outros FII, certificados de potencial adicional de construção, (CEPAC), certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e outros, previstos na regulamentação. Descubra agora se é possível viver de renda com fundos imobiliários.
Foram criados pela Lei 8.668/93 e são regulamentados pela Instrução CVM 472/08. O funcionamento e a oferta pública de cotas de sua emissão dependem de prévio registro na CVM.
A administração de um FII deve ser realizada por uma corretora, ou instituição financeira, autorizada pela CVM a prestar esse serviço. Essas instituições são responsáveis pelo funcionamento e pela manutenção do fundo.
O investimento em FII apresenta riscos como qualquer outra aplicação no mercado financeiro, pois estão sujeitos aos riscos de mercado, como por exemplo, os riscos de natureza política, econômica e financeira, incluindo variações nas taxas de juros, desvalorização cambial, mudanças legislativas etc.
Além disso, apresentam riscos em relação ao mercado imobiliário.
Mesmo assim, com os fundos imobiliários é possível viver de renda (com dividendos), pois os lucros são distribuídos mensalmente. Portanto é uma boa opção para quem deseja viver de renda. Há possibilidade de se aposentar e viver apenas com o dinheiro gerado pelos FIIs.
Ao realizar os cálculos e projeções, não considere os fundos com maiores rentabilidades no momento pois pode ser que ela não se mantenha com o tempo.
Além disso, não considere fundos de papel nas projeções. Nesse tipo de fundo, são investidos títulos relacionados com o setor imobiliário e não com imóveis em si.
Logo, a rentabilidade varia bastante, e atrapalha o cálculo de uma projeção realista.
Por isso, ao realizar projeções, é necessário considerar rendimentos que sejam reais.
Se você diversificar os fundos pode garantir uma boa quantia por mês. Trouxemos alguns exemplos de fundos e qual a rentabilidade deles ao mês, para que você calcule quanto precisaria investir em cada um para obter uma renda passiva mensal e viver de renda com fundos imobiliários.
VISC11
É um bom fundo imobiliário pois é um FII de shoppings. Durante a pandemia ele passou por problemas já que os shoppings fecharam e muitos lojistas não conseguiram honrar com os pagamentos.
Para que os inquilinos não quebrassem, muitos shoppings fizeram isenção das taxas.
Como o fundo ficou sem fonte de renda, o seu dividend yield ficou muito comprometido. A taxa de administração dele é de 1,35% ao ano, e o último rendimento foi de R$ 0,42 por cota e a taxa de vacância é de 8,70%.
No caso desse fundo, seria necessário o investimento de mais ou menos um milhão de reais para conseguir uma renda passiva de R$ 4.000,00 por exemplo.
Mas esse fundo está se recuperando da pandemia ainda, então está um pouco desvalorizado. Na vida real, recomendamos a diversificação da carteira, para que sua rentabilidade não seja atingida de forma que prejudique a sua renda.
HGLG11
É um fundo de logística, que tem prazo indeterminado, e cobra 0,6% ao ano de taxa de administração.
Hoje uma cota está custando 160,00. No exemplo que usamos, para obter uma renda passiva de R$ 4 mil reais ao mês, seria necessário mais ou menos R$ 300 mil reais para viver de renda com esse fundo imobiliário. É uma quantia muito menor do que o VISC11.
Como pode ver, o preço da cota pode variar muito de um fundo para o outro e por isso a diversificação é tão importante, para que sua renda passiva não seja prejudicada pela alta ou baixa desses fundos.
BCFF11
Esse fundo investe em outros fundos imobiliários. Seria um fundo de fundo e proporciona uma boa diversificação da carteira.
A desvantagem é que existe uma dupla taxação, já que o fundo tem a própria taxa de administração e os fundos que compõem a sua carteira também possuem taxa. No nosso exemplo de renda passiva de R$ 4 mil reais seria necessário adquirir aproximadamente 9 mil cotas, e para isso seria necessário aproximadamente R$ 700 mil reais.
Além da necessidade de diversificar a quantidade de fundos, é essencial também diversificar os segmentos. Por mais que a volatilidade dos fundos seja menor do que ações, os FIIS estão na renda variável.
A primeira coisa a se fazer é conhecer o fundo, conhecer a carteira. Diversificar entre setores de shoppings, logística, hospitalares.
Há risco de inadimplência de inquilinos, vacância de imóveis desocupados. O investidor tem que entender e estar ciente de seu perfil. Se for um investidor que estiver mais perto da aposentadoria, compensa ser mais conservador. Se for jovem, pode ser um pouco mais ousado.
Um bom patrimônio gera a renda com mais assiduidade, pode haver fundos com dividendos altos no momento, mas não são constantes a longo prazo. Então deve ser olhado o patrimônio daquele fundo e qual a capacidade dele de gerar renda a longo prazo.
O investidor deve estar atento a macroeconomia, que impacta diretamente nos setores. É preciso fazer uma analise se os imóveis têm boa localização, se estão alugados para bons inquilinos e se será fácil encontrar substitutos.
Há também os fundos monoativos, que são compostos por um único ativo. E aí fazemos a pergunta, e se o inquilino desse fundo sair? É fácil encontrar um substituto? Por isso os fundos monoativos devem ser evitados.
Especialistas afirmam que é importante também considerar os ciclos imobiliários. Dependendo do momento, faz sentido ter contratos atípicos longos, ou em outro momento, faz sentido ter contratos típicos de menor prazo. Muitas vezes vale ter fundos de agencias de bancos ou logística ou shoppings e por aí vai.
Em momentos de estresse, como foi na pandemia, os fundos passaram por altos e baixos, mas no longo prazo, sempre trazem bons rendimentos.
Também o investidor não pode nunca se esquecer de se proteger da inflação. Só o retorno real, aquele acima da variação oficial de preços no país interessa. Se for olhar as oportunidades do mercado hoje, com algo em torno dos 5% ao ano líquido e corrigido pela inflação, você precisaria ter cerca de R$ 2,5 milhões para gerar uma renda de R$ 10 mil por mês ou de R$ 5 milhões para ter R$ 20 mil por mês.
Para acompanhar os FIIs e receber a orientação adequada sobre como viver de renda com fundos imobiliários, escolha uma boa corretora para que ela lhe oriente em como investir nos fundos certos.
Não sabe por onde começar, deixe que um de nossos agentes te ajude!!
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