Poupança

Qual o impacto da SELIC na sua poupança?

É muito importante entender o que é a Taxa Selic e como ela pode afetar sua vida financeira, já que esse índice influencia o comportamento de indexadores como o IPCA e o CDI.

Ou seja, saber como utilizar a Selic pode significar ganhar mais dinheiro.

A cada 45 dias, a porcentagem da taxa Selic vira notícia em todo país, seja pelo aumento ou pela diminuição.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, e influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamento e também no retorno de investimentos.

Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia e trata-se de um programa virtual onde os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente por instituições financeiras.

Além do Banco Central, somente instituições financeiras tem autorização para negociar esses títulos.

Quem decide o valor da taxa é o Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central. Esse comitê se reúne a cada 45 dias para definir se a taxa Selic se mantem, aumenta ou diminui.

Qual o impacto da SELIC na sua poupança
Qual o impacto da SELIC na sua poupança – Foto de Karolina Grabowska no Pexels

Como funciona a Taxa Selic

Já sabemos que o governo precisa ter dinheiro para fazer investimentos e pagar dívidas, e apesar da principal forma de arrecadação de dinheiro seja o pagamento de impostos, outra forma de arrecadar dinheiro é através de empréstimos, como por meio dos títulos do Tesouro Nacional.

Quem compra um título do Tesouro Nacional, ganha o direito de, em determinada data, receber o valor de volta com o acréscimo de juros.

Taxa Selic Over

É a taxa de juros praticada quando uma instituição financeira empresta dinheiro para outra e usa, como garantia, os títulos públicos adquiridos no Banco Central

Taxa Selic Meta

É a taxa básica da econômica brasileira. Serve como parâmetro para outras taxas praticadas no mercado, e tende a ser a menor taxa na economia.

As mudanças na porcentagem da taxa Selic acontecem porque a economia não é estável, e por isso, é preciso adequá-la ao cenário para que exista um equilíbrio e garantir que o dinheiro continue circulando.

Por que a taxa Selic é importante

Criada em 1979, a economia brasileira enfrentava um cenário de hiperinflação. Portanto, seu objetivo sempre foi ser uma ferramenta de controle da inflação, para resultar tanto na queda quanto na alta.

Ao aumentar a Selic o Banco Central tem como objetivo desacelerar a economia, impedindo a inflação de ficar muito alta

Ao baixar a Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.

Portanto, podemos dizer que a Selic é uma referência para a econômica, e pode ser entendida como um indicador para demonstrar a situação econômica do país.

O impacto da Selic nos investimentos

Se a taxa Selic diminui, o crédito fica mais acessível, já que os bancos baixam as taxas de juros e a inflação tende a subir.

Se o contrário acontece, os preços baixam ou ficam estáveis, ou seja, temos uma inflação controlada, e o juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos.

A Taxa Selic influencia diretamente nos seguintes investimentos:

  • Tesouro Direto (Tesouro Selic)

Esse título publico tem a rentabilidade indexada a taxa Selic. Quando ela é reduzida, o título tem menor rentabilidade, e o mesmo vale para a situação contraria, o aumento na taxa torna os títulos públicos mais vantajosos, e com a segurança já de costume.

A poupança sofre grandes efeitos, porque seus rendimentos estão atrelados diretamente a essa taxa. Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + taxa referencial. Se a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + taxa referencial.v

Ou seja, agora estamos com a taxa abaixo de 8,5%, e isso significa que a rentabilidade da poupança diminuiu muito.

As mudanças na taxa Selic impactam direto no CDI, que é um dos investimentos mais comuns da Renda Fixa. Quando a Selic diminui, o CDI também fica mais baixo.

Os CDBs, LCIs, LCAs e LCs tem a remuneração afetada diretamente quando a taxa Selic muda.

A poupança é um recurso que você tem sempre a mão, e pode usar para emergências, mas não é um recurso que você pode arriscar em aplicar um produto que não tenha liquidez. Por isso ela ainda é muito usada pelos brasileiros, que procuram a segurança em primeiro lugar

O Banco Central compra e vende títulos públicos federais para manter os juros reais próximos da Selic. O aumento ou a redução na oferta desses títulos é capaz de mexer efetivamente com os juros praticados pelos bancos.

Acontece da seguinte maneira: se o Copom define que é preciso aumentar a Selic, o Banco Central reduz o preço dos títulos públicos. Assim, esses títulos passam a ser mais interessantes e rentáveis para os bancos. O efeito disso é que os bancos vão encarecer os juros praticados em outras operações.

Ou seja, o banco só emprestará dinheiro a pessoas e empresas se os juros atrelados a esses serviços renderem mais que os títulos públicos. O aumento da lucratividade vai depender de aumentar os juros para quem deseja tomar o crédito.

E para diminuir a taxa, o Banco Central precisa fazer o oposto. Ao invés de ir ao mercado vender títulos a um preço menor, ele compra títulos que os bancos já têm a um preço maior do que antes. Com isso, ele desvaloriza os títulos públicos e o movimento esperado é que os bancos também reduzam as taxas de juros para as outras operações de crédito, reduzindo os juros reais.

Uma Selic baixa favorece a migração dos investimentos para as ações que são negociadas na bolsa por exemplo, pois a pressão sobre as empresas no que diz respeito a pagamento de juros diminui. A contratação de crédito é facilitada e com isso as empresas ficam mais atraentes para os investidores. Assim, as ações se valorizam.

O uso dessa estratégia de usar os juros para controlar os preços é contestada por alguns especialistas, porque não é sempre que o aumento dos preços está relacionado ao aumento do crédito e do consumo.

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