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O que são e como funcionam os ciclos econômicos?

Ciclos econômicos são as mudanças na economia, e são marcados por quatro fases:

  1. Expansão
  2. Boom
  3. Contração
  4. Recessão

Veremos mais sobre esses períodos mais para frente, que interferem no aumento e declínio das taxas de juros, desemprego e nível de consumo.

Entender sobre os ciclos econômicos é fundamental para que os investidores saibam quais decisões tomar em relação as suas aplicações financeiras.

As mudanças na economia são naturais, pois é normal que se passe por um período prospero, um período de estagnação ou de crise.

O que são e como funcionam os ciclos econômicos
O que são e como funcionam os ciclos econômicos – Foto de Carlos Pernalete Tua no Pexels

Desde o século XVII, cientistas buscam explicar as causas das crises econômicas, com base no comportamento do mercado financeiro. Os estudos dos ciclos econômicos têm como objetivo compreender os fatores que afetam o crescimento da econômica com flutuações e não pela tendência que deveria acompanhar.

A tendência é que o PIB (Produto Interno Bruto) apresente um crescimento constante, mas no curto prazo, o PIB tem crescimentos e recessões.

Por isso, a mudança na economia funciona por meio de períodos de crescimento com muitas flutuações, e períodos de recessão. Um período intenso de alta por exemplo, pode resultar em períodos de recessão futura.

Por conta das oscilações de mercado, que é necessária a existência de um Banco Central, que independente das motivações governamentais, é muito importante para a condução responsável da política monetária.

As causas do ciclo econômico estão relacionadas ao crédito, pois quando as taxas de juros estão elevadas, a tendência é que as pessoas comprem menos e não paguem por empréstimos e financiamentos.

Por outro lado, quanto a taxa de juros está baixa, as pessoas compram mais e consequentemente se endividam mais. Essas tendências impactam de forma positiva ou negativa na econômica de um modo geral.

Além disso, a instabilidade da nossa moeda também impacta fortemente as movimentações financeiras.

Fases do ciclo econômico

  • Expansão: ocorre quando o país está se recuperando de uma fase de recessão. Aqui, as taxas de juros estão baixas, o que estimula o consumo.

Essa fase é caracterizada pelo crescimento da produção de mercadorias e serviços. Como a economia fica aberta aos novos negócios, o desemprego tende a cair e os salários aumentarem.

  • O Boom é o pico resultante do crescimento da primeira fase. Ele é caracterizado como ponto máximo da produção de produtos e aqui, a economia está no auge. Nesse momento existe um ambiente de otimismo, o que pode levar os agentes econômicos a negligenciar os perigos. As empresas e instituições financeiras começam a tomar mais risco, negociando quantidades de crédito acima do que seriam adequadas em tempos normais.
  • Contração: a fase do boom não se sustenta para sempre, pois a tendência é que, após atingir seu ponto máximo, a economia comece a diminuir. Chamamos de contração a fase de diminuição das atividades econômicas e o consequente aumento dos índices de desemprego. A elevação da competitividade e encarecimento dos bens produtivos (salário e capital) faz as empresas se depararem com maiores dificuldades.
  • Recessão: caracterizada pelo declínio econômico, aqui a taxa de desemprego é alta, os juros são elevados e se continuar assim, pode se tornar uma crise econômica. É um período de euforia negativa, acompanhado de uma grande crise financeira, que surgem devido as frustrações das expectativas anteriores. Nesse momento os agentes correm para vender seus ativos (tanto financeiros quanto materiais) e acabam derrubando os preços. Após a fase da recessão, temos a expansão e o ciclo recomeça.

Tipos de ciclos econômicos

Os ciclos econômicos não têm uma periodicidade, e podem durar muito tempo ou serem rápidos. Eis os tipos de ciclos econômicos:

  • Ciclos longos de Kondratiev: são os ciclos longos que duram entre 40 a 60 anos, foram estudados por Nikolai Kondratiev, que era um economista russo e segundo ele, esses ciclos fizeram parte das revoluções tecnológicas que impactaram o mundo, resultando em crescimentos e crises.
  • Ciclos de Juglar: Clement Juglar estudou os ciclos que duraram entre 7 a 11 anos no século XIX, no Reino Unido. Ele estabeleceu um paralelo entre as altas e baixas do PIB e os gastos com investimentos, flutuações do mercado de trabalho e a inflação.
  • Ciclos de Kitchin: esse ciclo tem duração de 2 a 4 anos, e foi estudado por Joseph Kitchin que era um estatístico. Ele estudou os ciclos de negócios das empresas de uma economia, e considerou as mudanças que as empresas realizam de acordo com as alterações de demanda, preços dos fornecedores e as taxas de juros dos empréstimos.

O investidor deve considerar as fases do ciclo econômico, pois a rentabilidade dos ativos é afetada de acordo com cada ciclo.

Quando as taxas de juros estão elevadas, os ativos de renda fixa oferecem retornos mais interessantes. Nessa fase, é mais vantajoso aplicar na renda fixa, que é menos arriscada e proporciona um rendimento mais alto.

Quando as taxas estão mais baixas, a bolsa de valores e a renda variável se torna mais atrativa. As empresas estão com margens de lucros maiores e com maior valor de mercado, o que pode aumentar a rentabilidade.

Antes de decidir investir, independente se a taxa de juros está alta ou baixa, você deve conhecer seu perfil de investidor, para estabelecer uma estratégia de investimento de acordo com o que você está disposto a arriscar.

Como aproveitar os ciclos econômicos

Levar em conta o ciclo econômico na hora de fazer um investimento permite que você seja mais assertivo em suas aplicações financeiras.

Geralmente períodos de crise geram oportunidades, pois os ativos ficam mais baratos, dado o medo do mercado. Mas o receio de que as empresas quebrem faz com que muitas pessoas vendam seus ativos e assim, os valores ficam abaixo do valor patrimonial.

É preciso atenção, pois nem tudo que cai, está barato para ser comprado. Por isso analisar os fundamentos é essencial para ter noção se aquele ativo é uma boa oportunidade ou uma péssima escolha.

A queda no preço das ações não significa só que ela ficou mais barata, mas significa também que ela está menos atraente.

A recomendação é acompanhar os fundamentos das empresas, optando pela compra dos ativos sempre que os preços do mercado financeiro estiverem condizentes com o preço que se considera ideal.

Não sabe por onde começar, deixe que um de nossos agentes te ajude!!

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